terça-feira, dezembro 27, 2005

Tudo a postos!?

Ano 2006 (MMVI) no Calendário Gregoriano. Correspondente aos anos 5766-5767 no Calendário Hebreu e 1426-1427 no Calendário Islâmico. E... a 29 de Janeiro o início do ano do cão para o povo chinês.
Ano 2006 – Designado (não sei por quem) como o Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação, mas também o ano em que se celebra os 250 anos de aniversário do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart e os 400 anos do nascimento do pintor holandês Rembrandt. Muito bom, mas eu não venho falar disto.

O título deste artigo (Tudo a postos!?) era suposto incluir uma continuação em forma de várias hipóteses, todas elas com um toque, uma conotação, de negatividade tipicamente portuguesa, de comentário feito no autocarro que vai da Pontinha a Carnaxide, de uma simples proposta a uma imediata ou posterior reflexão negativa por parte do leitor ou de simplesmente dar a vontade de responder a este artigo com um comentário. Passo a explicar. O «Tudo a postos!?» seguir-se-ia com a sustentação de várias questões que passo a citar:
Tudo a postos para mais umas eleições presidenciais!? - (A conotação do «mais» é suposto dar aquela força de “serem mais umas”; de realmente não mudarem nada; de um vazio que passará a ser outro vazio) – Tudo a postos para continuarmos a ouvir falar da Ota e do TGV por parte do Governo, com o genial toque de elitismo de nem sequer os portugueses terem a sua palavra, quanto ao SEU dinheiro, sobre duas temáticas que, de uma forma geral, parecem ser condenadas maioritariamente por todos nós!? Tudo a postos para mais uma cambada de ignorantes roubarem o dito Estado, que no fundo somos todos nós, mas que para esses não é mais que uma entidade tão burra e tão fácil de roubar, e ainda vangloriarem-se aos amigos do que conseguiram roubar ao Estado, não percebendo que, no fundo e indirectamente, roubaram esses mesmos amigos que descontam para o tal Estado e que suportaram e suportam todos esses desvios e negociatas feitas ao longo deste anos!? Tudo a postos para mais um ano em que excelentes e dedicados professores (mas talvez poucos) trabalham dez vezes mais que outros que, para além de serem maus professores, contribuem para o degradante estado do ensino em Portugal!? Tudo a postos para mais fábricas serem encerradas!? Tudo a postos para mais um Verão cheio de fogos e secas por todo o país!? Tudo a postos para recebermos mais licenciados desempregados!? Tudo a postos para, mais uma vez, vermos os dinheiros europeus serem gastos (ou enfiados ao bolso) por grande parte da dita classe política deste país!? Tudo a postos para mais umas belas aventuras de corrupção, lobbys, demissões e destituições!? E agora o mundo: Tudo a postos para mais atentados da Al-Qaeda!? Tudo a postos para, como portugueses e europeus, continuarmos a temer a China sem competir à altura!? Tudo a postos para mais não-sei-quantas violações dos direitos humanos por todo o mundo, incluindo os ditos “senhores” da democracia que são os E.U.A. E finalmente, a minha preferida: Tudo a postos para continuarmos a queixarmo-nos sem nada fazer por isso!?

Pronto, era só isto que eu queria dizer. Agora cada um que reflicta e decida o que acha melhor fazer em 2006. Bom Ano!

J.A.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Exlecente texto. Estamos certamente todos a postos para que tudo isso volte a acontecer. Agora que mostraste os problemas, no futuro, eu tomarei a liberdade de sugerir as soluções para esses mesmos problemas.
Folgo em saber que ainda existe alguém que compreende que o estado somos todos nós, e que roubar a este é roubar a nós próprios e aos nossos familiares, amigos e afins. Infelizmente vivemos num país de "chicos-espertos", e esses espertalhões estão mais próximos de nós do que pensamos. A comodidade e a preguiça são apenas algumas das características negativas dos portugueses, e mais: o povo é o único culpado de tudo o que acontece neste país. São ignorantes, desprovidos de qualquer conceito de democracia, e pior ainda, de quaisquer noções morais e éticas. É este o nosso povinho, e assim torna-se dificil mudar o rumo das coisas. Eu continuo a lutar.

"Remar, remar
Forçar a corrente"

4:24 da tarde, dezembro 27, 2005  
Anonymous Anónimo said...

As questões que levantas são muito pertinentes e dão-nos muito que reflectir. No entanto, o principal problema continua. Quais são ao certo as alternativas que temos disponíveis a curto/médio prazo? Novos dirigentes políticos? Novos partidos políticos? Greves? Manifestações? Parece que não..., parece que todas as tentativas de alteração do estado de coisas caem em saco roto.
Ao longo do ano, como o Filipe comentou, vamos apresentar as nossas alternativas, os nossos pontos de vista, os nosso planos para a alteração deste estado caótico em que nos encontramos. Mas asseguro também, que vou fazer referência ao que de bom ocorrer no nosso País, porque na minha opinião, um dos primeiros passos para a situação se alterar (no que diz respeito a Portugal) é deixarmos de parte a auto-crítica abusiva de que todo o português gosta e passarmos a valorizar mais aquilo que é nosso.

A todos um Bom 2006!!

7:11 da tarde, dezembro 27, 2005  
Anonymous Anónimo said...

e o que é que tu fizeste por isso? nao passa somente por espalhar a palavra, o que tu dizes que todos devemos fazer requer acções, mas nao as vejo, por ninguém, nem da minha parte nem da tua nem todos os que me rodeiam. Falta é mais acção e menos palavras. O povo portugues é ocioso, mesquinho, preguiçoso, e tem uma abundancia de "chico-espertismo" acima da média mundial e por isso vai ser muito dificil mudar as coisas.

3:07 da tarde, dezembro 28, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Aprendi muito

3:19 da manhã, novembro 21, 2009  

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