segunda-feira, junho 27, 2005

O Estado da Nação II

Caro Filipe, o que acontece neste momento é exactamente igual ao que aconteceu à 3 anos atrás com o Governo de Durão Barroso quando este tomou medidas de contenção a vários custos. Agora pergunto-me se estou enganado devido o meu "desconhecimento" nesta matéria, se muitos dos que hoje estão por detrás das medidas de contenção fiscais não foram aqueles que à dois/três anos se revoltaram contra o aumento dos impostos? Não foram os mesmos que te prometeram a ti, a mim e a mais milhões de portugueses que não iriam aumentar os impostos e que iriam desenvolver medidas para criar novos postos de trabalho? Ok, é prematuro avaliar um governo com poucos meses de duração mas se bem me lembro o governo de Santana Lopes não durou tanto como este e qualquer pessoa avaliava o que queria da forma que queria. Ou será que face a isto também o meu desconhecimento é total?

No que diz respeito à questão do aborto eu não me manifestei contra a legalização do aborto, no entanto julgo ser importante haver uma maior maturidade para abordar este tema. Houve uma abstenção de mais de 60% no referendo realizado (facto que ao contrário do que pensavas não me era alheio). Que quererá isso dizer? Não vou aqui publicitar a minha opinião em relação ao aborto e à sua legalização mas se é um tema polémico que seja referendado o mais rapidamente possivel. Já agora, face a um assunto tão importante porque é que o Presidente da República negou a proposta do referendo ser feito em Julho? Ao fim ao cabo pelas manifestações que vimos nos media a abstenção que lembraste não iria voltar a acontecer. Julgo eu!
Em relação a concordar que uma mãe toxicodependente ou seropositiva tenha um filho é claro que não concordo. E deixam de ter relações sexuais? Não. Usam preservativo ou será que é assim tão caro proteger a saúde dos parceiros e evitar o nascimento de filhos indesejavéis.
No entanto se me falares de casos de violação digo te abertamente que sou a favor da realização do aborto.

Por fim, em relação às mulheres optarem por ter ou não um filho sozinhas, se tu concordas é a tua opinião. Para mim um filho quando é gerado é gerado por duas pessoa e ambas têm "voto na matéria". Se a esta preocupação chamas atitude machista, ok, eu chamo respeito e preocupação, quer pela mulher com a qual tivesse gerado o feto, quer com o próprio feto.

Em género de conclusão, parece que só concordamos na alteração de mentalidades, pois seja, ela que venha depressa e assumindo os contornos que forem necessários quer passando pelo Estado quer passando por estas trocas de ideias.
P.R.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A minha resposta foi mal interpretada, recomendo uma segunda leitura mais cuidada.

3:34 da manhã, junho 27, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Prometo que vou ler com a devida atenção de sempre os textos "O Estado da Nação", "Direito de Resposta" e "O Estado da Nação II" - e responderei com um texto ou comentário a eles. Agora, meu caro amigo e colega P.R., acho que chegou a altura de teres atenção aos teus erros de pontuação que tanto me irritam! Basta escrever, ler e corrigir! É fácil e "dá milhões"! Estou a ficar farto de corrigi-los por ti! Sim.. estes já estão corrigidos! lol .. Um abraço ()

2:19 da tarde, junho 27, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Não sejas aldrabão j.a... cala-te e escreve!! (())s

3:23 da tarde, junho 27, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Porque que simplesmente nao se liberaliza o aborto? o corpo é das mulheres, elas é que sabem do seu proprio corpo, até hoje nunca encontrei uma mulher que fosse contra o aborto! É uma questão de respeito e despreconceitualizar as mentes mais fechadas como tu caro P.R. *

2:34 da tarde, julho 04, 2005  

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