O teatro dentro de ti
O medo é um actor. Esconde-se.
As palavras? Filhas desse actor.
Atiramo-las à nossa frente porque temos medo do escuro.
Seguimo-las para que reconheçam o percurso que ignoramos. E elas tropeçam e caem e lutam para que cheguem onde nos esperam. Em paz.
Pua chata ou mel auditivo, acabam por vencer. Na maioria das vezes, num braço de ferro doentio que rompe o namoro com o tempo. Um jogo praticado na distância em que a saudade chora e os seus lamentos esbarram no eco do nada.
O amor? Por detrás das palavras, em luta contra o medo. Debaixo dos conceitos e por dentro do pó que as gerações sacodem. Algures entre o fim e o depois, onde somos felizes por nada fazer sentido. Porque sim.
O medo? Frio, frio.. morre.
Deixa o calor atropelar-te nas noites em que as pedras de calçada anseiam por pisar-te, por cuspir-te. As pedras de calçada são dor e aguentam.
Nós também a conhecemos e, como aquelas, aguentamos.
E depois de aguentarmos, corremos. Corremos tudo até pararmos numa baliza empedrada onde derrubamos o medo que cai prostrado, pisado e cuspido.
Ei-lo só, como ele é por definição.
As palavras? Filhas desse actor.
Atiramo-las à nossa frente porque temos medo do escuro.
Seguimo-las para que reconheçam o percurso que ignoramos. E elas tropeçam e caem e lutam para que cheguem onde nos esperam. Em paz.
Pua chata ou mel auditivo, acabam por vencer. Na maioria das vezes, num braço de ferro doentio que rompe o namoro com o tempo. Um jogo praticado na distância em que a saudade chora e os seus lamentos esbarram no eco do nada.
O amor? Por detrás das palavras, em luta contra o medo. Debaixo dos conceitos e por dentro do pó que as gerações sacodem. Algures entre o fim e o depois, onde somos felizes por nada fazer sentido. Porque sim.
O medo? Frio, frio.. morre.
Deixa o calor atropelar-te nas noites em que as pedras de calçada anseiam por pisar-te, por cuspir-te. As pedras de calçada são dor e aguentam.
Nós também a conhecemos e, como aquelas, aguentamos.
E depois de aguentarmos, corremos. Corremos tudo até pararmos numa baliza empedrada onde derrubamos o medo que cai prostrado, pisado e cuspido.
Ei-lo só, como ele é por definição.
R.C.
2 Comments:
O amor é medo. Quando não há medo não há amor. Lutamos constantemente contra o medo de ficarmos sozinhos, contra o medo de não termos amor. Amar é fugir à realidade. Amar é teatro.
Um abraço.
adoro as tuas palavras...
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