Ignoto
A nossa vida é constituída por um acumular de experiências, de acções realizadas que dão cor a uma história. E eu pensava que já tinha um número de experiências suficientes para dar iníco ao prólogo de um livro. Enganei-me...; esta luta - repleta de páginas soltas, as quais nunca terão uma ordem, - tem sido causa de tanto suor reflectido, de encontros com novas realidades que ainda se apresentam muito desfocadas.
Ando desencontrado... mas para já não me quero encontrar. Quero vaguear um pouco mais por este mundo da dúvida. Aquele que me empurra para valas onde o erro se esconde...
O que é certo é que os dias bons existem e os maus também. Por isso vou encarar, durante mais uma linha recta da minha vida, esta sina inevitável. A meta será alcançada quando sentir que me encontrei e dessa forma, ser capaz de me teletransportar para o reino onde paira um aroma de serenidade. Onde cada passo dado é acompanhado por uma melodia de fundo. Por isso vou procurar encontrar um meio termo, um ponto central onde seja possível sentar-me, olhar para um lado e para o outro e ficar na dúvida qual dos dois escolher. Vou olhar para o horizonte de cada um, deitar-me e sorrir, por achar graça em não saber o que há para lá dessa linha.
O nevoeiro do dia-a-dia dará a provar-me a amargura da vida e o pôr-do-sol a paz de que o meu coração tanto apela.